Filmes de terror e suspense invadem às telas dos cinemas a cada semana. São produções de diversos estilos, que tentam assustar o espectador das mais variadas formas, seja através do sobrenatural, do psicológico ou mesmo dos conhecidos assassinos. A novidade deste gênero mais do que adorado pelo público, com estreia nesta quinta-feira (14), na programação das salas no Brasil, é Premonição 6 – Laços de Sangue, que resgata uma franquia que parecia finalizada, mas que chega para amarrar as histórias das outras produções que a precederam.
Há 25 anos, uma novidade
chegava aos filmes slashes, tradicional subgênero das produções de terror. Ao
invés dos conhecidos e marcantes assassinos quase sempre mascarados, que perseguiam
e matavam jovens e adolescentes inocentes – como nas franquias O Massacre da
Serra Elétrica (Leatherface), Sexta-Feira 13 (Jason Voorhees), Halloween (Michael
Myers), A Hora do Pesadelo (Freddy Krueger), entre tantas outras – a produção
Premonição apresentava como “vilão” a própria morte.
Os cinco primeiros filmes da
franquia – lançados entre 2000 e 2011 – tinham basicamente a mesma estrutura:
um(a) jovem personagem tinha um sonho, uma premonição momentos antes de uma grande
tragédia acontecer e então conseguia evitar uma boa parte dela, salvando muitas
pessoas que deveriam ter morrido, amigos ou mesmo desconhecidos que estavam
próximos.
As cenas de premonições
envolveram um acidente com avião (Premonição), em uma rodovia (Premonição 2) –
talvez o mais marcante da série –, em um parque de diversões (3), em uma pista
de corrida (4) e em uma ponte (5). Depois das tragédias evitadas,
implacavelmente, uma força sobrenatural perseguia e aniquilava, um a um, na
sequência certa que deveriam ter perecido, todos aqueles que haviam atrapalhado
seus planos predeterminados, pois da morte ninguém consegue escapar. A cada
produção, as mortes mais “legais” do cinema assustavam os espectadores na mesma
medida que os divertia, pois a maioria delas acontecia de forma inusitada,
quando não esdrúxula, o que se tornou uma marca da franquia.
Laços de Sangue, dirigido
pela dupla Zach Lipovsky e Adam B. Stein, também começa com uma grande
tragédia, dessa vez em uma torre recém-construída, com um restaurante panorâmico.
A diferença é que o sonho não é de uma pessoa presente no evento, mas da jovem universitária
Stefani Reyes (Kaitlyn Santa Juana). Ela percebe que as imagens que a perseguem
todas as noites como um pesadelo acontecem nos 1960 e que a protagonista da
história – Iris (Brec Bassinger, da série Stargirl) – é alguém que talvez
conheça.
De volta para casa, Stefani
acaba descobrindo a origem de Iris, a qual irá revelar a ela uma história que
deverá colocar um perigo toda a sua família. A partir desse momento, tem início
um novo embate com a morte, que, descobre-se, está há muito tempo trabalhando
para fechar as pontas do incidente na citada torre. Apesar de o quinto filme
forçar uma ligação com o primeiro, é neste sexto capítulo que se tem a real
conexão entre todas as histórias – as pistas estão no material de pesquisa da
já idosa Iris.
A nova produção segue o
legado das anteriores, trazendo as diferenciadas sequências de morte, que
começam de forma aparentemente simples até o desfecho brutal – as principais
envolvem um cortador de grama, um triturador de caminhão de lixo e uma máquina médica
de ressonância. É o melhor capítulo de uma franquia com filmes anteriores medianos,
mas que sempre cumpriram sua função de entreter o espectador.
Em tempo, Premonição 6 presta
ainda uma grande homenagem ao ator Tony Todd, morto no ano passado, depois de
lutar contra um câncer. Já debilitado, ele faz uma participação mais do que especial
como o personagem William Bludworth, presente em todos os filmes da série.
Cotação: Bom.
Trailer de Premonição 6 –
Laços de Sangue:
Crédito da foto: Divulgação
Warner Bros. Brasil