O coletivo Negro Não Nego, que há sete anos utiliza a linguagem cênica como ferramenta de ensino e debate sobre temas como racismo estrutural, colorismo e necropolítica, apresenta temporada do espetáculo Negro Não Nego no Teatro José Maria Santos, de 7 a 16 de março, sempre de sexta-feira a domingo.
O grupo busca empoderar, conscientizar e resistir através da arte, utilizando o espaço cênico para denunciar o racismo e propor experiências sensoriais ao público. Dessa forma, o espetáculo é como uma sinfonia rítmica em movimento. A peça faz referência às construções a partir das próprias vivências e utiliza ferramentas do canto, da dança e do Gumboot (dança sul-africana) para criar uma experiência única ao público.
Segundo Glayson Cintra, diretor e fundador do Coletivo, o objetivo do Negro Não Nego é fomentar a arte e a cultura preta em Curitiba. “Buscamos redimensionar o lugar da arte como fonte de encontros e bens sociais em diálogo com a cidade”, afirma. "Nosso objetivo é fomentar a arte preta e incentivar a criação de dramaturgias e narrativas de corpos pretos e LGBTQIAPN+. Queremos estabelecer o teatro como ponto de convergência do pensamento e do encontro de públicos diversificados", completa Loara Gonçalves, atriz, diretora e cofundadora do coletivo.
Como forma de inclusão, das seis apresentações, duas são com tradução em Libras e duas com bate-papo com o elenco ao final da peça. Também haverá uma oficina gratuita de dramaturgia e composições negras, ministrada pelo diretor Glayson Cintra, no dia 14 de março, das 13h30 às 18h30.
O projeto é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba e do Ministério da Cultura.
Serviço:
Negro Não Nego
Teatro José Maria Santos (Rua Treze de Maio, 655 – Centro)
Dias 7, 8, 9, 14, 15 e 16 de março – sexta-feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h (com Libras).
Classificação etária: a partir de 12 anos
Entrada gratuita, com ingressos distribuídos uma hora antes do espetáculo.
Crédito da foto: Lucas Colossal

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