"Você se imagina com 100 anos?". Com esta pergunta, Monga convida as pessoas a mergulharem em suas vidas em uma busca de desatar alguns nós: quando os imaginários foram castrados e as perspectivas futuras abandonadas? Com o espetáculo Monga, que faz parte da Mostra Lucia Camargo, a atriz, dramaturga e diretora Jéssica Teixeira retorna ao Festival de Curitiba em 2025, para mostrar a continuidade de sua pesquisa cênica. As apresentações serão no Teatro Paiol, nesta quarta (26) e quinta-feira (27), sempre às 20h30.
Não espere, adianta a produção no texto de apresentação, mais um número da década de 1980, “muito menos um teatro documental sobre as tantas mongas dos circos tradicionais do Brasil (século 20) ou sobre o passado da mexicana Julia Pastrana (séculos 19, 20 e 21)”. Depois de colocar seu corpo em cena no solo E.L.A, apresentado no ano passado no Festival de Curitiba, Jéssica se arrisca a não repetir o clássico da história e se propõe a revisitar a crueza do passado sem sensacionalismos e derrubando mitos para construir outros imaginários possíveis – e também para ela.
Por meio de múltiplas ferramentas teatrais e recursos psicanalíticos, Jéssica une forças com a história de Julia Pastrana, uma mexicana que foi conhecida vulgarmente como mulher-macaco e se tornou uma das grandes inspirações para os freak shows. A atriz evoca os 26 anos de vida de Pastrana e suas condições desumanas de trabalho em cena como bailarina, performer e cantora, destacando, 153 anos após sua morte, a ganância e o sensacionalismo aos quais foi exposta pelo mundo todo.
Essas duas curvas temporais e geopolíticas dão nós poéticos e perturbadores a dramaturgia de Monga. A encenação é arriscada pelo despudoramento de Jéssica Teixeira: em se assumir estranha, na vida e em cena, naturalizando-se cada vez mais comum por ser estranha. A atriz e diretora devolve os olhares, espelhando e desnudando aqueles que assistem, trazendo à tona o gênero do terror psicológico com doses de riso nervoso e constrangimento. Por este trabalho, ela recebeu a indicação ao prêmio Shell 2024 (São Paulo) pela direção.
A Mostra Lucia Camargo é apresentada por Petrobras, Sanepar, Caixa e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio de CNH Capital – New Holland, Ebanx, ClearCorrect – Neodent, Viaje Paraná – Governo do Estado Paraná e Copel – Pura Energia, além do patrocínio especial da Universidade Positivo.
Acompanhe todas as novidades e informações pelo site do Festival de Curitiba www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_curitiba.
Serviço:
Monga
Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº)
Dias 26 e 27 de março, sempre às 20h30
Classificação: 18 anos.
33º Festival de Curitiba
Até 6 de abril.
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva no Shopping Mueller (Av. Cândido de Abreu, 127 – Piso L2 – Centro Cívico; segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h).
Valores
Mostra Lucia Camargo: de gratuito até R$ 85 (inteira) + taxa adm.
Risorama: de R$ 42,50 até R$ 85 (inteira) + taxa adm.
Fringe: de gratuitos até R$75 (inteira) + taxa adm.
Mostra Surda de Teatro: gratuitos
MishMash: de R$ 30 até R$ 60 (inteira) + taxa adm.
Programa Guritiba: de gratuitos até R$ 60 (inteira) + taxa adm.
Gastronomix: de R$ 10 até R$ 20 (inteira) + taxa adm.
Verifique a classificação indicativa e orientações de cada espetáculo.
Estudantes de teatro e artistas profissionais contam com ingressos promocionais de R$ 40 e R$ 20, somente na bilheteria física.
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