Com mais de 40 anos de sucesso, a banda Os Paralamas do Sucesso recebe uma homenagem a toda sua trajetória em Vital, o Musical dos Paralamas, que chega a Curitiba nos dias 26 e 27 de junho, no Teatro Positivo. Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos, com preços populares, a partir de R$ 21.
A idealização de Vital é do produtor Gustavo Nunes (Turbilhão de Ideias) e de Marcelo Pires (escritor e diretor da Ideia da Silva). O musical tem direção artística de Pedro Brício, texto de Patrícia Andrade, direção musical e arranjos de Daniel Rocha. A ficha técnica do musical traz ainda nomes como André Cortez (cenografia), Karen Brusttolin (figurinos), Paulo Cesar Medeiros (iluminação), Marcia Rubin (coreografia), João Paulo Pereira (designer de som) e Beto Carramanhos (visagismo).
O espetáculo é ainda uma homenagem à relação do trio Herbert Viana, Bi Ribeiro e João Barone com José Fortes, empresário daa banda desde o início e uma espécie de quarto Paralama. “Esta é uma história sobre amizade, sobre a longevidade de uma banda que começa quando os integrantes eram adolescentes e está aí até hoje. E também sobre memória, seja ela afetiva ou seletiva, que toca a cada um de diferentes formas. É um espetáculo essencialmente emocional”, revela Patrícia. “A gente acompanha essa jornada musical e afetiva de quatro amigos e as transformações não só artísticas, mas também na vida de cada um e como isso influencia na criação deles”, acrescenta Brício.
Os Paralamas são interpretados por: Rodrigo Salva (Herbert), Franco Kuster (Barone) e Gabriel Manita (Bi). Nando Motta é alternante no papel de Herbert Vianna. Já Hamilton Dias vive o empresário José Fortes. O elenco é composto ainda por: Barbara Ferr, Herberth Vital, Maria Vitória Rodrigues, Ivanna Domenyco, Pedro Balu e Rodrigo Vechi. Todos foram selecionados através de audições, que tiveram mais de 600 candidatos, vindos de vários lugares do país. Todos os atores tocam instrumentos durante o musical, especialmente nas cenas que recriam apresentações originais dos Paralamas. Eles são acompanhados por uma banda formada por Eveline Garcia (teclado e regência), Anne Amberget (teclado), Rafael Maia (bateria), Raul D’Oliveira (baixo) e Raul Colombini (guitarra).
“O espetáculo conta com o aval da banda, que está acompanhando desde a ideia inicial, passando pela criação do texto e a seleção do elenco principal. Levar aos palcos um espetáculo com esse teor, é, sobretudo, valorizar a nossa memória cultural. Optamos por focar em conteúdo brasileiro, valorizar nossas raízes, ao invés de encenar musicais estrangeiros”, diz Nunes.
Vital passeia pelas quatro décadas da banda, mostrando desde os primórdios, a amizade entre os integrantes, os primeiros shows amadores, a primeira apresentação no Circo Voador (abrindo um show de Lulu Santos), a participação na primeira edição do Rock in Rio, que ajudou a catapultar o sucesso da banda. Passa pelo estouro nacional, por grandes momentos vividos pelos Paralamas, mas também traz instantes importantes da vida do trio, como o acidente sofrido por Herbert Vianna, em 2001.
Patrícia Andrade criou um fluxo narrativo não cronológico, com idas e vindas constantes. “Os tempos se intercalam de acordo com a memória, que guia a história. Presente e passado se misturam o tempo todo”, destaca. Ela, Brício e a equipe trocaram muitas ideias, mesmo após o início dos ensaios, e algumas cenas e canções foram sendo incorporadas à versão final. O diretor afirma que o musical traz também a perspectiva narrativa da memória do Herbert, sobretudo no hospital, então algumas passagens deixam no ar se são de fato lembranças ou delírios.
O espetáculo tem uma narração coletiva, sendo contado sob a perspectiva de vários personagens. “Não tem ar nostálgico, mas a memória sempre traz um momento dramático, ela é uma importante perspectiva para contar essa história”, conta Brício. “A peça tem ainda essa afirmação da força do Herbert, da recuperação dele, da fé dele na vida e nessa recuperação extraordinária que ele teve, voltando a tocar. Então, é também um espetáculo sobre fé, recuperação, resiliência e sobre acreditar no futuro”, acrescenta.
A composição dos atores não busca imitar ou copiar os personagens reais. “Como a gente está fazendo um espetáculo biográfico de pessoas que estão vivas, que estão aí, nosso objetivo na construção dos personagens não foi mimetizar o Herbert, o Bi, o Barone e o Zé, mas trazer a energia deles, quase como se eles fossem arquétipos”, complet o diretor.
Nas canções, roteiro do musical traz pérolas como "Lanterna dos Afogados", "Busca Vida", "Óculos", "Alagados", "Tendo a lua", "Caleidoscópio", "Romance Ideal" e "Meu Erro", entre tantas outras. Segundo Patrícia, a construção do texto foi encaixando as músicas nos momentos em que os personagens estão vivendo, mas também as canções entram para contar a história, com uma função narrativa. A seleção das músicas foi um processo difícil, devido à imensa qualidade da obra dos Paralamas. “O mais difícil na escolha das músicas foi deixar algumas de fora. Confesso que foi sofrido. Os Paralamas é uma coming of age story emocional e musical. Fica muito claro o amadurecimento da banda com o passar dos anos. De dentro para fora”, afirma a autora.
"Contar a trajetória dos Paralamas é narrar a história dos últimos anos do país e de quem cresceu e amadureceu com a banda", diz Marcelo Pires. “A banda só sobrevive, só está aí há 40 anos por se renovar e por dialogar com a realidade e com o momento que a gente está vivendo, tanto musicalmente como nas letras”, finaliza Brício.
O projeto é produzido através da Lei de incentivo à Cultura, apresentado por Ministério da Cultura e Caixa Vida e Previdência.
Serviço:
Vital, o Musical dos Paralamas
Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – CIC)
Dias 26 e 27 de junho (quinta e sexta-feira)
Horários: abertura da casa, sempre às 19h; shows, sempre às 20h
Duração: 150min, com intervalo
Ingressos: de R$ 21 a R$ 250, à venda em www.diskingressos.com.br/evento/342/26-06-2025/pr/curitiba/vital-o-musical-dos-paralamas e nas bilheterias do quiosque Disk Ingresso Shopping Mueller (segunda a sexta-feira, das 10h às 22h; sábados, das 10h às 22h; domingos, das 14h às 20h), do Teatro Positivo (segunda a sexta-feira, das 11h às 15h e das 16h10 às 20h; sábado, das 17h às 21h; domingo somente em dias de espetáculos) e do Teatro Fernanda Montenegro (segunda a sexta-feira, das 10h às 14h e das 15h10 às 18h; sábado, das 12h às 16h e das 17h10 às 20h)
Classificação: 16 anos (menores de 16 anos apenas acompanhados pais/responsável legal). Sujeito a alteração, conforme decisão judicial)
Crédito da foto: André Wanderley