Originada nos anos 1980, a franquia Predador ganha mais um capítulo com Terras Selvagens, uma das principais estreias da semana nos cinemas brasileiros. A nova produção tem direção de Dan Trachtenberg, revelando em Rua Cloverfield, 10 e que assumiu o comando da série do alienígena caçador em 2022, com Predador – A Caçada, e que também lançou a animação Predador – Assassino de Assassinos este ano.
Terras Selvagens apresenta pela
primeira vez na franquia o Predador como principal protagonista da história – o
personagem foi criado pelos irmãos Jim e John Thomas, roteiristas do filme original
estrelado por Arnold Schwarzenegger, em 1987. Ele é Dek (Dimitrius
Schuster-Koloamatangi), jovem da raça Yautja que pretende mostrar seu valor
para o pai, que lidera um clã de guerreiros em seu planeta natal.
Para isso, ele parte para o
planeta Genna para enfrentar e derrotar uma gigante criatura conhecida como Kalinsk,
um animal considerado invencível pelo seu poder de regeneração. A selvagem
terra é lar de seres altamente hostis, tanto de sua flora com de sua fauna, e
Dek precisará enfrentá-los para chegar a Kalisnk, contando também com a ajuda
de Thia – Elle Fanning, de Um Completo Desconhecido e cotada para uma indicação
ao Oscar 2026 como atriz coadjuvante por Valor Sentimental, produção que estreia
no Brasil no fim de dezembro –, uma sintética fabricada pela Weyland-Yutani, a
mesma empresa vilã da franquia Alien.
O filme impressiona em sua
primeira metade pela exuberância de Genna, um mundo que destaca uma floresta
viva e agressiva, plantas que exalam lanças mortais, além de criaturas ferozes,
pequenas ou grandes, tudo imaginado por Trachtenberg e Patrick Aiston, este
responsável pelo roteiro, repetindo a parceria de A Caçada. Thia – presa no
planeta após uma ação mal sucedida de um grupo da Weyland-Yutani na captura de
Kalinsk, na qual perdeu suas pernas –, tem conhecimento prévio do local e tenta
guiar Dek nos encontros com os seres “gennianos”. É a sintética que vai
contribuir para uma mudança de perspectiva do Yautja em seus dogmas de
guerreiro. A dupla ainda conhece uma simpática espécie, semelhante a um símio,
que passa a acompanhá-los e se torna o alívio cômico da trama.
A produção decai um pouco em
sua segunda metade, trazendo o mais do mesmo dos demais filmes da franquia e
centrando a ação em enfretamentos físicos entre Dek e os sintéticos liderados
por Tessa – também interpretada por Elle, que tem uma ótima atuação nos dois
papéis e confirma mais uma vez ser a mais talentosa das irmãs Fanning; a outra,
Dakota, foi criança-prodígio em várias produções do início dos anos 2000, mas não
teve o mesmo sucesso na passagem para a fase adulta da carreira.
Predador – Terras Selvagens
confirma a renovação da série realizada por Trachtenberg e deve ter pelo mais
uma sequência com o gancho surpresa apresentado no final do filme. Cotação: Bom.
Trailer de Predador – Terras Selvagens:
Crédito da foto:
Divulgação/20th Century Studios Brasil

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