Grandes sustos e mistérios em A Hora do Mal – FILMES, por Rudney Flores


 

Oriundo do mundo da comédia, que dominou sua carreira desde o início, Zach Cregger surpreendeu em sua primeira incursão no gênero terror com o elogiado Noites Brutais, lançado diretamente em streaming no Brasil, em 2022. Seu nome gerou burburinho e expectativas, tanto que apareceu como chamariz para o recente Acompanhante Perfeita, com nome no cartaz do filme, mas no qual atuou apenas como produtor, não tendo responsabilidade no roteiro. Agora, o diretor segue outra vez caminho próprio com A Hora do Mal, que estreia nesta quinta-feira (7) nas salas brasileiras.

O filme de suspense e terror se passa em uma pequena cidade norte-americana. Na trama, em uma madrugada, exatamente às 2h17, 17 crianças de uma mesma turma do colégio local saem de suas casas e somem na escuridão, algumas sendo registradas por câmeras no exato momento em que ganhavam a rua, correndo de braços abertos.

No dia seguinte, apenas o menino Alex Lilly (Cary Christopher), o único que não sumiu da turma, aparece para assistir a aula da professora Justine Gandy (Julia Garner, a Surfista Prateada de Quarteto Fantástico – Primeiros Passos, ainda em cartaz, uma das atrizes do momento), que está há pouco tempo na cidade. Comoção entre os pais, principalmente de Archer Graff (Josh Brolin, o vilão Thanos da Marvel), que questionam os responsáveis pela escola e principalmente Justine pelos desaparecimentos.

A partir dessa premissa, Cregger cria uma interessante estrutura para desenvolver a história, separada em partes, cada uma com o nome de um personagem importante na resolução do mistério. Justine e outros moradores da cidade como o policial Paul (Alden Ehrenreich, de Han Solo – Um História Star Wars) têm alguns segredos e comportamentos que podem ser criticados. Outros personagens em destaque são Archer, o diretor da escola Andrew (Benedict Wong, o Wong do universo Marvel) e o sem-teto Anthony (Austin Abrams), assim como o garoto Alex e Gladys (Amy Madigan, de Medo da Verdade), a estranha e assustadora tia de sua mãe, que muito doente se abriga na casa da família Lilly.

O diretor administra bem um crescente clima de tensão, pois cada um dos episódios vai incrementando novos detalhes ao sumiço das crianças. Diferente de recentes boas produções do gênero, que investem mais no psicológico das histórias, Cregger aposta no terror mais tradicional, com aparições assustadoras e ambientes escuros, além de algumas mortes violentas, ou seja, em cenas que têm o momento certo para assustar o espectador.

Revelar mais anteciparia as boas surpresas que serão encontradas na produção, que tem lá seus buracos de roteiro, além de algumas soluções fáceis em demasia para se encaixar a resolução de tudo. Mas é diversão certeira para quem aprecia o gênero terror. Cotação: Bom.

 

Trailer de A Hora do Mal:

 


 

 

Crédito da foto: Divulgação Warner Bros. Pictures Brasil