Outro lançamento desta semana nos cinemas brasileiros é Venom – A Última Rodada, o capítulo final da trilogia com o anti-herói do universo dos quadrinhos do Homem-Aranha. A produção marca a estreia na direção de longas-metragens da roteirista Kelly Marcel, que assinou o texto dos dois primeiros filmes da franquia, Venom (2018) e Venom – Tempo de Carnificina (2021). Ela repete a mesma parceria no roteiro do segundo filme com o ator Tom Hardy, que vive novamente o protagonista Eddie Brock, fotógrafo que se une ao simbionte extraterrestre conhecido com Venom (voz do próprio Hardy).
Brock/Venom haviam participado de Homem-Aranha – Sem Volta para Casa (2021), que lidava com multiversos, abrindo uma porta para a entrada dos personagens no Universo Compartilhado da Marvel, mas essa perspectiva já é desfeita na primeira cena de A Última Rodada – mas com o conceito de multiversos, tudo é possível e nada pode ser descartado.
O vilão da vez é Knull (mais
uma atuação por captação de movimento de Andy Serkis, o mago dessa área), recente
personagem poderoso criado para as HQs da editora/estúdio – há rumores de que
ele possa estar presente no quarto filme da franquia Homem-Aranha, com Tom
Holland. Knull se revela o criador dos simbiontes e que foi traído por eles,
sendo aprisionado em um planeta de trevas. Para se libertar – e, claro, destruir
todo o universo –, ele precisa do códex, que está dentro do corpo de
Brock/Venom.
Complicado? Sempre é se o
espectador não é um nerd que lê todos os quadrinhos lançados. Mas não é preciso
se aprofundar muito, pois o que filme mostra em quase sua totalidade são os
incansáveis e quase indestrutíveis seres de Knull sempre atrás dos protagonistas
em busca do tal códex. Após acontecimentos do segundo filme, a dupla combinada também está sendo perseguida pelo
general Strickland (Chiwetel Ejiofor, o Barão Mordo dos filmes do Doutor Estranho,
da Marvel), comandante da área 51, mítico local onde os Estados Unidos
esconderiam as provas de existência extraterrestre, e que na história do filme
será destruída. É lá que a doutora Payne (Juno Temple, de Killer Joe – Matador de
Aluguel) faz experiências com simbiontes capturados pelo governo
norte-americano.
Outros personagens da trama
são da família neo-hippie comandada pelo personagem do ator Rhys Ifans (que fez
o vilão Lagarto em duas franquias diferentes do Homem-Aranha nas telas), mais
um respiro cômico da produção, além da já conhecida relação entre Brock e
Venom, sempre envoltos em discussões bobas e na maioria das vezes sem graça
alguma – mas esse tipo de humor quase galhofeiro têm muitos fãs, a se notar
pelas ótimas arrecadações dos primeiros filmes (mais de US$ 1,3 bilhão na soma
dos dois), mesmo com as críticas pouco positivas.
Apesar de um pouco melhor do que Tempo de Carnificina (um verdadeiro desastre), A Última Rodada segue a sina da Sony e seus filmes para lá de irrelevantes – quando não péssimos – do universo do Homem-Aranha, pelos quais mantém os direitos no cinema por um acordo firmado quando a Marvel ainda não era a potência atual como uma empresa Disney. Como agora faz os longas do herói teioso em parceria com o gigante estúdio, sobra para a Sony explorar os demais personagens, e ela já avisou que deve fazer produções com Knull. Mas a próxima estreia do universo Aranha será Kraven – O Caçador, interessante vilão que será defendido por Aaron Taylor-Johnson (da franquia Kick-Ass). A produção tem previsão de lançamento em 12 de dezembro próximo no Brasil, depois de dois adiamentos, o que não cria grande expectativa. Em tempo, A Última Rodada tem duas cenas pós-créditos. Cotação: Regular.
Trailer de Venom – A Última
Rodada:
Crédito da foto: Sony Pictures Brasil

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